A Café Caramello, fabricante capixaba de creme de café, quase quebrou durante a pandemia. O modelo de negócio da empresa era centrado na venda e distribuição do produto em eventos. Com a chegada do coronavírus, os encontros cessaram e a Café Caramello quase fechou as portas. Diante do cenário, a sócia e fundadora, Cristina Pascoli resolveu sacudir o modelo, abrindo frentes importantes de parcerias e franquias. Hoje, são oito fábricas pelo país (Serra, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e duas em São Paulo), 200 distribuidores e, no primeiro semestre de 2024, o objetivo é abrir a primeira unidade fora do Brasil, muito provavelmente nos Estados Unidos.
Hoje, são produzidos 236 mil potes do produto por mês. Até 2028, a meta é ter mais oito fábricas no Brasil e 1,3 mil distribuidores. Uma consultoria foi contratada para ajudar a Café Caramello neste processo de expansão e internacionalização da marca. No exterior, já há conversas em andamento na Rússia, Portugal, Espanha, Suíça e, as mais avançadas, nos Estados Unidos (Washington, Orlando e Miami).
"Queremos assinar os primeiros contratos até abril de 2024, mas não é um processo fácil, a parte sanitária é uma barreira difícil de ser superada. Estamos avançando dentro do FDA (a Anvisa norte-americana), com o ok deles, a nossa entrada em outros países é facilitada. Queremos 30 fábricas no exterior em três anos. O café vem ganhando mercado no mundo todo, o cenário é muito positivo para produtos como o nosso", disse Cristina Pascoli. Para sustentar a expansão, a empresa abriu uma rodada de captação de recursos.
A estrutura do negócio é a seguinte: a matriz, na Serra, produz uma massa seca com a receita do café, que é segredo industrial, para beneficiamento nas outras fábricas, que adicionam água à massa, envasam, rotulam e vendem os cremes de café para os distribuidores que, por sua vez, revendem para o consumidor final e pontos de venda espalhados pelo país.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.