O Grupo ArcelorMittal inaugurou, na quarta-feira (13), a expansão da usina de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Um investimento de R$ 2 bilhões que amplia em 600 mil toneladas a produção de lâminas de aço galvanizado: de 1,6 milhão para 2,2 milhões de toneladas por ano. E o que isso tem a ver com o complexo de Tubarão, no Espírito Santo?
Toda a matéria-prima utilizada em Santa Catarina é fabricada pelo laminador de tiras a quente instalado na ArcelorMittal Tubarão e vai para lá em navios e barcaças. Com a ampliação de São Francisco do Sul, parte do aço de Tubarão, que antes era exportado, passará a ir para lá.
Portanto, em um ambiente em que a China está enchendo o mundo com aço subsidiado, a preços abaixo dos praticados pelo mercado, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçando colocar barreiras comerciais em produtos importados pelos EUA, a usina do Sul do Brasil, na prática, reduz a exposição de Tubarão ao turbulento mercado externo.
“Parte da bobina a quente que produzimos em Tubarão é exportada. Com a ampliação vamos deixar de vender para fora e passar a laminar a frio, galvanizar, agregar valor, portanto, e a vender majoritariamente para o mercado interno. Estamos muito focados no mercado interno, confiamos no crescimento do Brasil e estamos investindo para isso”, explicou Eduardo Zanotti, vice-presidente Comercial da ArcelorMittal Aços Planos América Latina.
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