Bastidores e informações exclusivas e relevantes sobre os negócios e a economia do Espírito Santo

Área reservada para portos de Aracruz terá quase a metade do tamanho de Vitória

Esta reserva de espaço é um dos objetivos principais do Parklog/ES, planejamento estratégico lançado, nesta terça-feira (26), pelo governo do Estado

Publicado em 26/11/2024 às 15h27
Vista área do complexo portuário de Aracruz, Norte do ES
Vista área do complexo portuário de Aracruz, Norte do ES. Crédito: Abdo Filho

A zona primária dedicada para portos, retroárea e demais atividades relacionadas, em Aracruz, Norte do Espírito Santo, terá 30 milhões de metros quadrados (30 quilômetros quadrados), tendo como epicentro os terminais portuários de Barra do Riacho. Quase a metade de todo o território de Vitória, 93 milhões de metros quadrados (93 quilômetros quadrados). Esta reserva de espaço é um dos objetivos principais do Parklog/ES, planejamento estratégico lançado, nesta terça-feira (26), pelo governo do Estado - junto com prefeituras, entidades e empresas - com intenção de organizar e potencializar o desenvolvimento de uma plataforma logística relevante na região. Além de Aracruz, fazem parte do projeto: Serra, Fundão, Linhares, Colatina, João Neiva, Ibiraçu e Sooretama.

"Trata-se de uma área definida como estratégica para o desenvolvimento econômico do Espírito Santo, portanto, temos o desafio de trabalhá-la muito bem. Há um histórico no Brasil de portos e retroáreas sufocados por ocupações irregulares, isso tira eficiência e inibe o desenvolvimento. Estamos trabalhando em um horizonte de longo prazo, a área primária precisa ser exclusiva para atividades que tenham conexão com o porto. As boas práticas do mundo mostram que o caminho é este", explicou José Eduardo Azevedo, secretário de Desenvolvimento de Aracruz e nomeado, nesta terça, como secretário-executivo do Parklog. "O PDM (plano diretor municipal) de Aracruz vai começar a ser discutido no começo do ano que vem e vai olhar para isso".

O vice-governador e secretário de Desenvolvimento do Estado, Ricardo Ferraço, idealizador do projeto, disse que toda aquela região passa a ser um território de sensibilidade estratégica, por isso, o debate precisa ser em conjunto. "Tem a questão do PDM de Aracruz, mas também temos que debater a destinação dos resíduos, alfandegamento, formação de pessoas, infraestrutura de transporte... Estamos falando de um projeto grandioso, que visa atender o Brasil inteiro".

Sobre infraestrutura, o acesso ferroviário é o grande calo. Setor produtivo e governo do Estado movimentam-se em Brasília para que, na renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que faz a ligação do Brasil Central com os portos capixabas, investimentos ampliem a eficiência da malha e tragam mais carga para os terminais daqui. "Ferraço foi a Brasília na semana passada e eu estarei lá na quinta-feira. Vamos atrás de melhorar as condições da infraestrutura ferroviária do Espírito Santo, que é a nossa maior fragilidade do momento. Precisamos que a FCA traga mais carga e precisamos de uma solução para o Sul do Estado, o Porto Central está saindo. Com a reforma tributária, o Espírito Santo vai precisar ser muito eficiente no comércio internacional", assinalou o governador Renato Casagrande.

O parque logístico da região Norte do Estado nasce com três portos (Imetame, Portocel e área da Vports em Barra do Riacho), dois aeroportos (Linhares e Aracruz), Zona de Processamento de Exportações (já autorizada pelo governo federal para a operação da Imetame).

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.