Aos 65 anos, o Grupo Lider, um dos grandes do mercado automotivo, está buscando novos mercados. Fortemente consolidados nos mercados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, onde possui 74 concessionárias, o grupo comprou seu primeiro negócio fora da sua "zona de comforto". No mês passado o Cade ( Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a aquisição da Sulpar, do Paraná, dona de três concessionárias Toyota (duas em Curitiba e uma na cidade de Paranaguá).
É o primeiro passo rumo a novas fronteiras. O objetivo é, via compras e crescimento orgânico, crescer para o Sul e também para o Centro-Oeste. A pujança do agronegócio foi o fator decisivo para a escolha das regiões. "Furar o eixo Rio, Minas e Espírito Santo significa duas coisas: mais oportunidades de crescimento e sair da nossa zona de conforto. São Estados onde já estamos muito consolidados, claro, vamos continuar investindo, mas é bom quebrar um pouco isso, faz bem para todo mundo", explica o diretor e integrante do conselho executivo do Grupo Lider, Eloy Braz. "Além disso, surgiu uma ótima oportunidade em um Estado relevante como o Paraná e com a Toyota, que já era um namoro antigo".
Como bom mineiro - o grupo e Braz nasceram em Muriaé -, ele segura o jogo, mas já há negociações em andamento no Sul e Centro-Oeste. "Sou mineiro, não posso te dizer muita coisa (risos). Só digo que estamos procurando novas oportunidades".
Em 2022, o faturamento do Grupo Lider deve ficar em R$ 3,8 bilhões. Para o ano que vem, a expectativa é bater nos R$ 5 bi. Só a operação do Paraná deve contribuir com R$ 650 milhões. Em 2023, a rede deve ultrapassar a marca de 70 mil veículos comercializados.
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