O Bandes divulgou, no final da tarde desta segunda-feira (11), os nomes das empresas capixabas selecionadas para receber os recursos do Fundo ESG de Desenvolvimento, um programa de emissão de debêntures incentivadas. Os recursos são do Fundo Soberano do Estado do Espírito Santo. Foram quatro as habilitadas inicialmente:
- Fibrasa: R$ 50 milhões
- Frisa: R$ 46,191 milhões
- Guidoni Ornamental Rocks: R$ 30,676 milhões
- Placas do Brasil: R$ 23,186 milhões
Ao todo, o conselho do Fundo Soberano disponibilizou R$ 250 milhões para o Fundo ESG, as quatro contempladas inicialmente consumirão R$ 150,04 milhões, portanto, outros R$ 99,96 milhões ainda estão sem destinação. O Bandes, levando em consideração as notas de classificação, está chamando as demais empresas que apresentaram projeto e não foram contempladas. Sociedade Educação e Gestão de Excelência/Vila Velha (UVV), Locares Casa Container e Bertolini devem manifestar o interesse em participar da segunda chamada até sexta-feira (15).
O Programa Funses ESG de Desenvolvimento, lançado no ano passado, visa incentivar a inovação e a sustentabilidade na indústria, educação, energia e saúde por meio da subscrição de debêntures não conversíveis em ações. O foco são as empresas do chamado middle market (com faturamento entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões). O cheque mínimo será de R$ 20 milhões e o máximo de R$ 50 milhões.
As companhias terão quatro anos de carência e dez anos, ao todo, para quitar o débito com o Bandes. A taxa de juros será igual à Selic. Dependendo do local onde a empresa for se instalar haverá um desconto de até 10% nos juros. Os critérios de avaliação para a escolha das contempladas foram: incorporação da agenda ESG (Enviromental, Social and Governance - em português, Ambiental, Social e Governança), geração de emprego, desenvolvimento regional, agregação de valor ao produto final, prazo de execução, inovação e andamento do licenciamento ambiental (quanto mais adiantado, melhor).
As debêntures emitidas não serão conversíveis em ações das empresas emissoras, ou seja, o Bandes quer o retorno do investimento e não vai virar sócio de eventuais devedores.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.