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Bandes mapeia investidores para Fundo da Descarbonização do ES

Fundo Soberano do Espírito Santo irá colocar R$ 500 milhões, mas a ideia é fazer algo maior, para isso novos cotistas precisarão entrar

Publicado em 05/04/2025 às 03h50
Com nova liderança, aposta do Bandes é engajar funcionários e clientes e também inovar
Sede do Bandes, no Centro de Vitória. Crédito: Bandes/Divulgação

O Bandes (Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo) está montando a governança e buscando mais investidores para aportar recursos no Fundo de Descarbonização do Espírito Santo. O governador Renato Casagrande pretende colocar o pacote na rua até a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30) de Belém, que será realizada entre 10 e 21 de novembro próximo. O Fundo Soberano do Espírito Santo (poupança construída a partir dos royalties do petróleo pagos ao Estado) irá colocar R$ 500 milhões, mas a ideia é fazer algo maior, para isso novos cotistas precisarão entrar.

"Vai ser um fundo voltado 100% para projetos de descarbonização (substituição de combustíveis fósseis por fontes de energia renovável). Queremos algo multisetorial, o ideal seria conseguirmos algo perto de R$ 1 bilhão, mas não é simples. É nisso que estamos trabalhando", explicou Marcelo Saintive, presidente do Bandes. "Estamos formulando uma política que atraia novos cotistas, que podem ser, por exemplo, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o Banco Mundial, o BNDES e até fundos soberanos de outros países".

A modelagem está sendo feita pelo Bandes, mas a operação será feita por uma gestora ainda a ser definida. "Estamos montando o edital, mas será uma empresa do mercado de capitais especializada no assunto. Queremos bons projetos e atrair capital a juros competitivos, há muito dinheiro disponível".

O Fundo de Descarbonização será a terceira vertical de investimentos com recursos do Fundo Soberano do Espírito Santo. O primeiro, lançado em 2022, está aportando dinheiro em startups. O segundo, lançado no ano passado, colocou capital em indústrias e em empreendimentos de energia e educação. "O Fundo de Descarbonização será o maior e o que terá a governança mais complexa, afinal, queremos contar com outros cotistas", finalizou Saintive.

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