A B3, Bolsa de Valores de São Paulo, está habilitando armazéns, no Espírito Santo, de estocagem de café conilon para dar início às negociações de contratos futuros do produto. Pelo menos cinco já estão aprovados ou em aprovação. A expectativa é de que as operações comecem nas próximas semanas. Além de proteger o mercado de grandes oscilações, estar listado em Bolsa é uma referência, facilita, por exemplo, a formação de preços e a obtenção de financiamentos. Hoje, apenas contratos de arábica estão na B3.
Os galpões precisam cumprir uma série de exigências para serem habilitados. Eles são os locais autorizados pela B3 para entrega física do café negociado nos contratos futuros. Os proprietários precisam seguir rígidas normas de governança fiscal e operacional. O contrato de conilon da B3 terá a opção da liquidação física: o comprador e o vendedor de um contrato futuro finalizam a operação dentro da B3 com a entrega física das sacas negociadas.
A expectativa é de que o movimento ajude a impulsionar a expansão da cultura, o que é muito importante para o Espírito Santo. O café conilon é a maior atividade do agronegócio capixaba, presente em 50 mil propriedades. O Brasil é o segundo maior produtor de conilon do mundo, atrás apenas do Vietnã, e o Estado é responsável por 70% da produção brasileira.
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