A Vale vai precisar atrasar por algumas semanas a inauguração da primeira usina de briquete verde, novo tipo de aglomerado de minério criado e patenteado pela mineradora, em Tubarão. Pela programação original, a nova planta começaria a rodar agora em junho, mas o cronograma precisou ser ligeiramente alterado e a inauguração agora está prevista para acontecer entre o final de julho e o início de agosto.
Segundo Rodrigo Ruggiero, diretor de Pelotização de Tubarão, trata-se de um ajuste natural diante da obra que está sendo executada. "As unidades de briquete vão funcionar onde, nas últimas décadas, operaram as pelotizadoras 1 e 2. Os prédios precisaram ser completamente reformados e modernizados. Foi feita uma intervenção grande e bastante complexa, é natural que ocorram pequenas alterações no cronograma. Vamos começar a rodar a primeira usina, ainda em operação assistida, entre julho e agosto". O executivo disse que a inauguração da segunda usina está mantida para o final de 2023.
De acordo com a Vale, as siderúrgicas que optarem pelo briquete vão reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa em até 10%. O novo aglomerado de minério permite às siderúrgicas reduzir a dependência da sinterização - processo anterior à produção do aço no qual há a aglomeração do fino de minério de ferro (sinter feed). A sinterização, que se dá a 1,3 mil graus Celsius, demanda o uso intensivo de combustíveis fósseis. O briquete, por sua vez, é considerado um aglomerado a frio, no qual não ocorre queima, mas uma cura a uma temperatura entre 200º e 250º, demandando menos energia.
As duas plantas de briquete estão sendo construídas no lugar das usinas 1 e 2 de pelotização de Tubarão, erguidas ainda nos anos 1960. Um investimento de US$ 182 milhões (R$ 910 milhões na cotação desta quinta). Somadas, elas terão capacidade para produzir 6 milhões de toneladas do produto por ano.
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