Comprada pelo BTG Pactual, a Sertrading, gigante do comércio exterior, quer crescer em duas direções: agregar valor ao produto importado e verticalizar as operações. Nos dois casos o Espírito Santo, Estado onde a companhia registra mais da metade do seu faturamento global (serão mais de R$ 20 bilhões em 2024), tem tudo para se dar bem. Bom lembrar que trata-se da quinta maior empresa do ES.
No tópico agregação de valor, o objetivo é que o produto comprado no exterior deixe o Espírito Santo rumo ao seu destino final dentro do Brasil com um algo a mais acrescido por aqui. Os carros, por exemplo, produto, hoje, mais importado pelos portos do Estado, têm várias destinações. As adaptações poderão ser feitas em solo capixaba: a montagem de uma ambulância, de uma viatura policial, a instalação de uma blindagem... Enfim, há uma infinidade de possibilidades e a Sertrading vai investir pesado nisso.
Além dos veículos, a trading é forte, no Estado, na importação de malte, aeronaves, máquinas e sucata de alumínio. Portanto, oportunidades para a formação de uma cadeia paralela ao negócio de importação não vão faltar.
Outro ponto importante é a decisão de verticalizar a operação. Hoje, a Sertrading está focada no processo de importação. Com a entrada do BTG no negócio, o objetivo é ampliar o escopo e passar a fazer também a operação de ativos de infraestrutura. O Espírito Santo, Estado bem localizado, com relevantes ativos (vários deles necessitando de investimentos) e que a Sertrading conhece muito bem, claro, está no radar.
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