O banco BTG Pactual, gestor dos fundos de investimento que são donos das usinas termelétricas de Viana (ampliação de 21%), Linhares (ampliada em 17%) e Povoação (100% nova), pretende entregar as novas instalações até o final de junho. O investimento total é de R$ 1,1 bilhão e o suprimento de energia do país será ampliado em 148 megawatts (MW) - 37 MW a mais em Viana, 36 MW em Linhares e 75 MW em Povoação.
Caso a licença de operação a ser dada pelo Iema não atrase, será o final de um processo, no mínimo, tenso. As térmicas são fruto de um leilão emergencial feito pelo governo federal no auge da crise hídrica, em outubro do ano passado. Ou seja, tiveram de sair do papel em tempo recorde. Aliás o edital privilegiava justamente a velocidade de entrega. Por conta disso, o valor pago pelo governo ficou acima do normal.
Tudo era para estar pronto em 1º de maio, prazo não cumprido. O governo federal, cobrando multa das empresas, concedeu mais três meses. Se as térmicas não colocarem a energia contratada a mais no sistema até agosto, o governo pode romper o contrato e não pagar nada para as companhias. Um belo risco. No meio disso tudo, uma greve de caminhoneiros autônomos fechou a entrada do Terminal de Vila Velha por alguns dias, atrasando a chegada de equipamentos, o que só aumentou o desafio.
As obras estão em ritmo acelerado, com 700 pessoas trabalhando, em dois turnos estendidos (20 horas diárias), sete dias por semana. Já estão em curso os procedimentos para obtenção de autorização para iniciar a operação em teste junto ao Operador Nacional do Sistema e as tratativas com o Iema para emissão das licenças de operação.
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