Até o final do primeiro semestre de 2024, o café conilon deve passar a ter contratos futuros de derivativos negociados pela B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Assim, passará a ser o sétimo produto de commodities da bolsa, ao lado de boi gordo, café arábica 4/5, etanol hidratado, milho, ouro e soja. É um passo importante na consolidação da mais importante atividade do agronegócio capixaba, presente em 50 mil das 108 mil propriedades do Espírito Santo. O Estado é responsável por 70% da produção nacional.
A B3 foi demandada pelo mercado para criar o produto. Conversas estão em andamento com indústria, corretores e cooperativas para fechar o contrato que será ofertado ao mercado. A negociação será simples como comprar ou vender uma ação. Além de proteger das oscilações, ter um produto listado em bolsa é uma referência, o que facilita, por exemplo, a formação de preços e a obtenção de financiamentos.
"Atualmente, apenas o café arábica faz operações na B3. As bolsas têm por objetivo reduzir a exposição do produto ao risco de variação dos preços e atrair novos participantes de mercado. Possuem importante papel de sinalização de preços em benefício da eficiência e do planejamento das atividades dos segmentos envolvidos no negócio. Com a entrada do conilon na B3, um novo canal se abre para reduzir as oscilações e as incertezas de mercado. Importante para reduzir o impacto no patrimônio maior que temos no campo, que são nossos cafeicultores e suas famílias", explicou Enio Bergoli, secretário de Estado da Agricultura.
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