A Espresso Robusta, empresa de comércio, armazenagem e exportação de café conilon fundada em 2018, em Linhares, está trilhando um caminho diferente, e de sucesso, dentro de um mercado para lá de tradicional. Dos três sócios, Thiago Orletti, André Caldara e André Ferri, apenas Orletti, de família com larga experiência no agro, tinha alguma familiaridade com o café. Deu certo. A previsão é fechar 2024 com um faturamento de R$ 1,2 bilhão.
"Não tínhamos experiência com café, mas tínhamos credibilidade na região. Começamos com a armazenagem e os produtores confiaram. O nosso primeiro galpão, de sete mil m², encheu em sessenta dias. Nem a gente acreditava que eram 200 mil sacas ali. Tivemos de alugar o armazém vizinho e entramos, já em 2019, no comércio de café", lembra André Ferri, sócio responsável por tocar a empresa.
A pandemia foi a grande virada do negócio, que, em 2019, faturou R$ 3 milhões. "O fundamental foi o contato facilitado com os grandes importadores. O distanciamento social e o aumento da demanda facilitaram o acesso. Eles estavam atrás do produto e passaram a permitir contato virtual, por causa da situação, as barreiras foram reduzidas. Era o cenário ideal para empresas novas como a nossa. Passamos a exportar, e, em 2020, nosso faturamento bateu em R$ 70 milhões".
Os anos seguintes foram de consolidação e expansão. A Espresso Robusta, que funciona no bairro Movelar, às margens da BR 101, está concluindo um investimento de R$ 22 milhões em um novo galpão, de 14 mil m², que vai ampliar a capacidade de armazenagem da empresa em mais 600 mil sacas, chegando a 1,2 milhão. "Estamos fazendo o galpão novo já projetando a expansão de mais 600 mil sacas, que deve se dar em mais dois anos. O mercado de café vem bem e estamos investindo forte em eficiência. Hoje, o que nos atrapalha a crescer mais é a dificuldade que estamos tendo na hora de exportar. Se a infraestrutura ajudasse, a velocidade de expansão seria muito maior", lamenta Ferri.
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