Após alguns bons anos ocupando um segundo plano para lá de discreto no cenário da indústria do petróleo e do gás capixaba, os campos onshore (em terra) do Estado, todos eles localizados no Norte do Estado, voltaram a empurrar a produção global de petróleo e principalmente de gás no Espírito Santo. Fato que não acontecia há muito tempo, desde quando o Estado, em meados dos anos 2000, passou a ser um dos líderes da produção offshore (no mar) do Brasil.
No primeiro semestre de 2023, houve um crescimento de 1,5% na extração de petróleo no Espírito Santo e de 0,6% na produção de gás natural. Quando abrimos os dados por área de produção, aparece o avanço da cadeia em terra. No caso do petróleo, a extração offshore cresceu 0,9% e a onshore avançou 15,1%, impactando firmemente no número global (+1,5%). No gás natural, a produção dos campos em terra foi ampliada em 112,3% nos primeiros seis meses do ano, revertendo uma redução de 0,7% na produção no mar. Importante destacar que o trabalho em terra fica próximo de 10% da produção total do Estado. Os números são da Agência Nacional de Petróleo e foram compilados pelo Observatório da Indústria da Findes.
O aumento da produção em terra, que não começou agora, coincide com o período em que a Petrobras iniciou o processo de venda dos campos onshore no Norte do Estado. As novas operadoras, as chamadas independentes, investem muito na produtividade e na integração da cadeia. Ao que parece, os resultados já estão surgindo.
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