O Grupo Marca, dono da Marca Ambiental, quer colocar para funcionar, em janeiro de 2025, a usina de biometano que a empresa já decidiu que construirá em Cariacica, na sede da companhia, bem ao lado dos aterros sanitários onde são depositados cerca de 50% do lixo recolhido no Espírito Santo. Um investimento de pelo menos R$ 50 milhões, a depender do tamanho da unidade, que ainda está em negociação. Os executivos da empresa estão conversando com possíveis sócios para o empreendimento.
O biometano é derivado da purificação do biogás (composto de metano e dióxido de carbono), que é o gás oriundo do processo de decomposição de resíduos orgânicos. Ou seja, sobra biogás em aterros sanitários. Depois de processado, o biogás vira biometano, um combustível renovável, de baixo carbono e que substitui o gás natural, que é de origem fóssil.
"O grupo já usa o biogás, há alguns anos, para produzir energia elétrica, mas existe excedente para fabricarmos 25 mil m³ de biometano por dia. Temos uma previsão, de médio prazo, para chegar aos 60 mil m³ e, lá na frente, em dez anos, para 110 mil m³ por dia. O projeto está montado, estamos enfrentando, agora, os desafios da regulação, do licenciamento ambiental e do financiamento, mas as coisas estão caminhando bem para colocarmos a unidade para operar em janeiro de 2025", disse Diogo Ribeiro, diretor de Novos Negócios do Grupo Marca.
O grupo já tem negociações muito adiantadas com a gigante francesa Air Liquide para a montagem de todo o complexo. "Queremos fechar o acordo com eles ainda em 2023, estou batalhando para isso. A Air Liquide, empresa francesa com mais de 100 anos de história e especializada em gases industriais, produziria o equipamento nos Estados Unidos e traria para fazer a montagem aqui no nosso espaço", explicou Ribeiro.
A Marca também já iniciou as conversas com possíveis clientes do biometano. A ideia é fazer a venda direta para o cliente, remunerando a ES Gás, distribuidora de gás no Espírito Santo, pelo uso dos dutos.
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