Em um recuo parcial, a Receita Federal decidiu escalar auditores da Alfândega de Vitória para tocarem o processo de liberação de novas áreas para o recebimento e despacho de cargas destinadas ao comércio internacional, o chamado alfandegamento. Desde setembro passado, dentro da chamada regionalização, a operação estava toda sendo tocada pelo Rio de Janeiro. Acontece que as coisas não estavam andando, pedidos feitos, no começo de outubro, por empresas capixabas não tinham nem começado a tramitar. A situação chegou ao ponto de, por falta de espaço de armazenagem, ameaçar a importação de carros pelo Espírito Santo, que é a maior porta de entrada de veículos do Brasil.
Na primeira quinzena de janeiro, diante da situação, o Sindicato do Comércio de Importação e Exportação do Espírito Santo (Sindiex) e a Vports, concessionária responsável pelo Porto de Vitória, fizeram uma carta relatando a situação. Políticos do Estado - governador, vice-governador e bancada federal - se movimentaram, foram ao chefe da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, e a promessa de solução acabou saindo do papel.
“Os processos em aberto de alfandegamento foram distribuídos para os auditores aqui do Estado. Vamos acompanhar a evolução. A nomeação formal do time local já é uma vitória”, destacou Ilson Hulle, presidente da Vports.
A Vports tem dois pedidos aguardando resposta: o alfandegamento de uma nova área em Vila Velha e o desalfandegamento do galpão do Centro de Vitória que dará lugar ao novo museu da Vale. Quem também tem pedidos parados são os portos secos Terca e GDL, localizados no Contorno. Eles recebem grande parte dos carros importados pelo Estado e precisam de mais espaço para dar conta da demanda crescente. Eles estão no limite da capacidade, sem novas áreas, a operação trava em pouco tempo.
As áreas alfandegadas recebem todo o tipo de carga, mas a demanda maior, hoje, é de veículos.
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