Na quarta-feira (21), a canadense Nutrien anunciou a compra da Casa do Adubo, varejista capixaba focada no agronegócio, fundada em 1937 pela família Covre. Também foi negociada a agrodistribuidora Casal. Os dois negócios atuam em todo o Brasil e faturaram, no ano passado, R$ 1,5 bi. Para 2022, a previsão é chegar aos R$ 2,5 bilhões. Um bom caso de empresa bem gerida que soube surfar a onda quase perfeita do agronegócio brasileiro. No início da década passada, as receitas da Casa do Adubo ficavam em R$ 150 milhões.
Responsável pela explosão do faturamento na última década e pela negociação com a Nutrien, Raphael Covre, presidente da Casa do Adubo e representante da quarta geração da família Covre à frente do negócio, terá o desafio de olhar para frente e analisar novas possibilidades. Claro, antes disso, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) precisa aprovar a venda (deve levar uns 60 dias) e há uma transição a ser feita até o final do ano.
"A agenda ainda está muito tomada pela venda e pela transição, mas é claro que já olhamos para algumas coisas. Não há nada fechado, mas tecnologia passa pela cabeça. O sistema que toca a Casa do Adubo de ponta a ponta foi todo montado internamente, é algo que pode ser escalado, serve para vários negócios. Também gosto muito da área financeira, eu vim do mercado financeiro. É um segmento que apresenta muitas oportunidades e está crescendo muito. Vou analisar tudo com muita calma e depois disso tomar a decisão", adiantou Raphael Covre.
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