Questionado, nesta sexta-feira (07) pela manhã, sobre a reforma tributária aprovada pela Câmara dos Deputados, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), abriu um largo sorriso, pensou e disse: "nem feliz e nem triste". E logo emendou: "vamos lá, saio satisfeito, é um tema que precisava ser vencido, o sistema atual tem muitos problemas, mas ainda há questões que precisaremos arredondar no Senado, há o que se resolver ainda. Vamos continuar no debate. Importante dizer que tivemos vitórias importantes, como a garantia dos incentivos fiscais até 2032".
Sobre o que precisa ser arredondado, o governador tocou em dois pontos: Conselho Federativo (colegiado, formado por representantes de estados e municípios, que será responsável por gerir os recursos do IBS, substituto do ICMS e ISS) e Fundo de Desenvolvimento Regional.
"Os estados mais populosos ficaram com muito poder dentro do Conselho Federativo. Temos de debater isso melhor, essa governança, afinal, todos os recursos do IBS (Impostos sobre Bens e Serviços) estarão ali, não é algo simples. As regras precisam estar muito claras. Tem também o Fundo de Desenvolvimento Regional, que é o que irá substituir os incentivos fiscais como política local para atrair investimentos. Qual será o tamanho do FDR? Como será a divisão? São temas importantes para o Espírito Santo, afinal, os incentivos foram muito importantes para o nosso desenvolvimento nas últimas décadas, não podemos perder essa ferramenta e ficar sem nada na mão".
O governador, já olhando lá para frente, disse que o Estado precisa, em um cenário sem incentivos, cuidar cada vez mais de sua competitividade. "Todos, setor público e privado, precisamos estar atentos à nossa competitividade. A empresa tem de ver vantagens em vir para cá. Temos de ter estabilidade institucional, contas em dia, boas estradas, bons portos, ferrovias, boa distribuição de gás natural, educação... Temos de buscar, com mais velocidade, eficiência e competitividade até 2033 (quando acabam os incentivos). O recado está dado".
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