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Casagrande vai a Lula defender proposta do ES para ferrovia

A ideia é detalhar as sugestões de investimento feitas pelo governo e setor produtivo Espírito Santo na Ferrovia Centro Atlântica e marcar posição junto ao presidente

Publicado em 16/12/2024 às 17h44
Presidente Lula inaugura o Contorno do Mestre Álvaro
Presidente Lula inaugura o Contorno do Mestre Álvaro. Crédito: Fernando Madeira

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, quer uma audiência com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para falar sobre a renovação da concessão da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), responsável por conectar os portos do Espírito Santo com o Brasil Central. O contato seria na semana passada, mas a hospitalização de Lula atrapalhou os planos do mandatário capixaba.

A ideia é detalhar as sugestões de investimento feitas pelo governo e setor produtivo Espírito Santo na FCA e marcar posição junto ao presidente. É importante lembrar que trata-se de uma ferrovia federal. A VLI Logística é a atual concessionária e quer a renovação antecipada (o contrato acaba em 2026) por mais 30 anos. A promessa é de investimentos que podem chegar aos R$ 30 bilhões. Parece muito, mas isso se dilui bastante ao longo do tempo, portanto, é fundamental ter bons argumentos e, principalmente, aliados em Brasília.

Com vários projetos portuários em curso ao longo de sua costa, o Estado quer se apresentar como uma solução para escoar a produção do agronegócio brasileiro, que segue muito forte da porteira para dentro, mas sofre bastante com a infraestrutura logística do país. A FCA sai do Centro-Oeste, cruza Minas Gerais e conecta-se à Vitória-Minas em Belo Horizonte, de lá ela chega à Grande Vitória e aos portos de Aracruz (via ramal Piraqueaçu). Este é o Corredor Leste da FCA. O outro corredor, o Sudeste, sai lá no Porto de Santos. Enquanto o complexo portuário paulista está no seu limite e tem poucas opções de expansão, o Espírito Santo se apresenta com portos de águas profundas em obras.    

"Nós temos duas propostas. A primeira é o contorno da Serra do Tigre, lá em Minas, que melhoraria muito a eficiência da FCA e custa R$ 12 bilhões. A outra é o contorno de Belo Horizonte e a modernização do ramal Piraqueaçu, que sairia por R$ 2,4 bilhões. Esta segunda tem capacidade para dobrar a capacidade de carga do Corredor Leste até 2030, de 5 milhões de toneladas para 10 milhões de toneladas por ano até 2030. As duas propostas estão formalizadas na ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A ida ao presidente Lula é para buscar apoio para o fortalecimento do Corredor Centro Leste, isso é importante para o Brasil, o agro está crescendo e precisa de estrutura para escoar tudo isso. Temos portos, precisamos de ferrovias", explicou o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço.

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