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Casagrande volta de Brasília mais animado com ferrovia até Anchieta

Acordo que está sendo costurado é para que a estrutura venha como obrigação a ser cumprida pela Vale como contrapartida de renovações antecipadas de outras duas ferrovias

Publicado em 17/10/2024 às 16h33
Renato Casagrande, governador do Espirito Santo
Renato Casagrande, governador do Espirito Santo. Crédito: Ricardo Medeiros

O governador Renato Casagrande retorna de Brasília, nesta quinta-feira (17), mais animado com o andamento do projeto do ramal da Ferrovia Vitória-Minas que sairá de Santa Leopoldina e irá até Ubu, na Samarco. A estrutura virá como uma das obrigações a serem cumpridas pela Vale como contrapartida das renovações antecipadas das concessões da própria Vitória-Minas e da Estrada de Ferro Carajás, no Pará.

"Já está acordado, com o Ministério dos Transportes e até com o presidente Lula, de que a construção do ramal até Ubu virá como um investimento adicional e obrigatório que a Vale fará para ter as concessões de Vitória-Minas e Carajás. A renegociação das renovações antecipadas está em sua fase final, e em breve será anunciada pelo governo federal. O papel ainda não está assinado, mas estou mais tranquilo, está bem encaminhado", disse o governador.

O trecho até Ubu está orçado em R$ 6 bilhões. No acordo de renovação antecipada fechado em 2020, o investimento no ramal não entrou como obrigatório, a Vale faria o projeto executivo, mas os recursos para o início das obras não estavam garantidos. Tornando-se obrigatório, a mineradora passa a ser responsável por tudo. Assinado o acordo, a expectativa é de que as coisas andem mais rápido e a ferrovia seja entregue até 2030. O trecho é importante para as ambições do Espírito Santo, que deseja estabelecer uma ligação ferroviária até a cidade do Rio de Janeiro.

"Também falamos sobre a renovação da concessão da Ferrovia Centro Atlântica, importante ligação dos nossos portos com a região central do Brasil. Demonstrei nossa preocupação com a necessidade de a estrutura receber mais investimentos para conseguir captar mais cargas. A empresa que ficar com a ferrovia pelos próximos 30 anos precisa garantir esses aportes. Disse ainda que o Espírito Santo defende a construção dos trechos Unaí (MG) até Pirapora (MG), da variante da Serra do Tigre (MG), da transposição da Grande Belo Horizonte e de um investimento cruzado (concessionária da FCA e da Vitória-Minas, que é a Vale) na ampliação da capacidade do ramal entre João Neiva e Barra do Riacho. O debate da renovação está acontecendo e estamos trabalhando para ampliar a eficiência da estrutura".

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