Vale e Cesan devem assinar, na próxima semana, um memorando de entendimento para que a mineradora utilize, em Tubarão, água de reúso produzida pela Epar (Estação de Produção de Água de Reúso) de Manguinhos, na Serra. O contrato será nos mesmos moldes do fechado pela ArcelorMittal, que utilizará a água que será produzida pela Epar de Camburi. A empresa que vencer o leilão do dia 17 de janeiro, na B3, além fazer o tratamento do esgoto da região de Jardim Camburi e Bairro de Fátima, terá de entregar a água de reúso dentro da área da Arcelor.
A informação foi dada pelo governador Renato Casagrande e pelo vice-governador Ricardo Ferraço, nesta terça-feira (12), na inauguração da fábrica de briquetes da Vale, em Tubarão. Executivos da Vale confirmaram o entendimento.A água de reúso não é potável, portanto, não serve para consumo humano, no entanto, é adequada para fins industriais. Ou seja, além de dar destinação a algo que seria descartado, acaba com a disputa entre consumo humano e empresarial. A princípio, a Vale utilizaria 92 litros por segundo, seria uma espécie de teste. A ideia é elevar a demanda ao longo do tempo.
No caso da ArcelorMittal, a vencedora do leilão investirá R$ 240 milhões na construção da nova Epar de Camburi (a que funciona na área do Aeroporto vaqi acabar), que será entregue em 2026. A estrutura vai tratar o esgoto gerado por 164 mil moradores de Vitória e Serra. Depois do tratamento, sobram 300 litros de água por segundo, a Arcelor se compromete a ficar com 200 litros por segundo. A estação de Manguinhos está sendo feita pela Cesan e será concluída em meados do ano que vem. Uma empresa assumirá a gestão da estrutura e a responsabilidade de entregar água de reúso na porta da Vale.
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