Depois de ArcelorMittal e Vale, agora é a Suzano que quer estabelecer um contrato de longo prazo com a Cesan para receber água de reúso, que é a água que sobra depois do tratamento de esgoto. Não é própria para o consumo humano, mas é limpa e totalmente adequada para fins industriais. Nesta semana, executivos das duas empresas estarão reunidos e discutirão a melhor modelagem para a demanda da fábrica de celulose instalada em Aracruz, Norte do Espírito Santo.
O grande desafio é levar a água de reúso da Grande Vitória, provavelmente da Serra, onde ficam as grandes estações de tratamento da Cesan, portanto as grandes "produtoras" de água de reúso, para Aracruz. É um desafio relevante, mas que não deve ser impedimento para o acordo. A ideia da Cesan é entender as demandas da Suzano para aí sim começar a montar os estudos de viabilidade técnica e econômica.
Saindo do papel, o modelo não fugirá muito do que já foi fechado com ArcelorMittal e do que será fechado, nos próximos dias, com a Vale. No caso da ArcelorMittal, uma empresa, que será conhecida no próximo dia 17, em leilão a ser realizado na B3, irá construir uma Estação de Produção de Água de Reúso (Epar), em São Geraldo, na Serra, que substituirá a Estação de Tratamento de Esgoto de Camburi, que será fechada em 2026. Um investimento de R$ 240 milhões. A Epar entregará 300 litros por segundo de água de reúso, 200 litros serão entregues na porta da ArcelorMittal Tubarão. Tudo sob responsabilidade da concessionária.
As boas práticas exigidas pela agenda ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa) e a pressão imposta pela escassez dos recursos naturais (o Espírito Santo está em plena crise hídrica) abriu uma nova frente de negócios dentro da Cesan.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.