![Caminhão elétrico da VIX carregado de celulose](https://midias.agazeta.com.br/2024/06/07/caminhao-eletrico-da-vix-carregado-de-celulose-2128076-article.jpeg)
A VixPar, braço logístico do Grupo Águia Branca, vem mantendo, nos últimos, um crescimento médio das receitas que supera os 10%. Trata-se de uma combinação de expansão orgânica com aquisições. Para 2025, diante do aumento galopante da taxa básica de juros, que, nesta quarta-feira (29), chegou aos 13,25% ao ano, o comando do conglomerado já tratou de colocar o pé no freio. O resultado deve ser o encolhimento do faturamento em cerca de 5%, em 2025. Não é pouca coisa. Os dados de 2024 ainda não estão fechados, mas as receitas totais da VixPar - que é capitaneada pela Vix Logística, mas engloba também V1, Autoporte, Let's e outras - devem ficar próximas de R$ 4 bilhões, cerca de 17% acima do registrado em 2023. Uma queda de 5% significa um tombo de R$ 200 milhões.
"Somos um grupo de empresas de capital intensivo, ou seja, dependemos intensivamente de dinheiro para, por exemplo, investir nas nossas frotas de carros, caminhões, ônibus e por aí vai. Se o dinheiro está mais caro, temos que colocar o pé no freio, afinal, o custo para se fazer qualquer coisa, um investimento ou aquisição, sobe demais. Estávamos com juros básicos em algo perto de 9%, agora estão falando em 15%. Além de ter ficado muito mais caro, o cenário está mais incerto, por isso, optamos pela cautela. O resultado disso é que estamos projetando um encolhimento das nossas receitas em 2025, algo raro na nossa história recente", explicou Patrícia Chieppe, CEO da VixPar.
A Vix vinha em um ritmo forte de compras desde o final da década passada, período em que foram adquiridas empresas importantes do setor como Servicarga, Ebec e Let's. Boa parte da expansão do faturamento veio por aí. "A gente vinha ganhando escala em um ritmo forte, agora vamos segurar. Do lado do orgânico, vamos olhar para a eficiência das empresas e focar nos resultados. Claro, os investimentos, principalmente em tecnologia e inovação, continuam, mas, no todo, vamos perder ritmo", assinalou a executiva.
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