O lucro líquido do Banestes, no primeiro semestre de 2024, encolheu 9,1%: de R$ 185 milhões para R$ 168 milhões. A comparação é com os primeiros seis meses de 2023. Gastos com pessoal (avanço de 10,2%, para R$ 240 milhões) e demais despesas operacionais (expansão de 21,1%, chegando a R$ 226 milhões) contribuíram decisivamente para o encolhimento do resultado. A saída, além do controle dos gastos, claro, pode estar, pelo lado das receitas, em duas linhas de financiamento que vêm crescendo muito forte dentro do banco: imobiliário e agronegócio.
No geral, a carteira de crédito comercial alcançou R$ 10,6 bilhões, crescendo 19,6%. A linha de crédito imobiliário, que voltou a ser operada pelo Banestes há poucos anos depois de décadas parada, registrou saldo de R$ 2,5 bilhões no encerramento do semestre. Um crescimento de 41,7% na comparação com o mesmo período de 2023 e de 452,9% em cinco anos. O volume que vem do imobiliário já é um das maiores da instituição, atrás apenas do crédito consignado, com R$ 3,1 bi.
O agronegócio, filho mais novo da carteira de crédito do Banestes, voltou no ano passado e também tem se mostrado forte. Foram R$ 651 milhões, crescimento de 54,4% em doze meses. Para a safra atual, 2024/2025, iniciada em junho, foram disponibilizados algo perto de R$ 1 bilhão.
"A linha de crédito imobiliário já se consolidou e, no agronegócio, temos um cenário muito promissor no Espírito Santo. Grande parte das nossas principais culturas, caso de café, cacau e pimenta, vêm em uma crescente e estão com preços elevados no mercado. Diante disso, os produtores estão fazendo importantes investimentos para ampliar seus negócios e a captação aumentou consideravelmente. Estamos muito confiantes em uma relevante expansão", disse Amarildo Casagrande, presidente do Banestes.
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