O Bandes quer colocar de pé até junho um fundo que terá como meta tirar grandes empreendimentos privados do papel. A intenção é alavancar o que o presidente do Bandes, Munir Abud, chama de "reindustrialização do Espírito Santo". O primeiro edital deve colocar na praça R$ 250 milhões. Anualmente uma nova rodada de pelo menos R$ 250 milhões será lançada. Os recursos serão oriundos do Fundo Soberano do Estado.
O fundo da reindustrialização, que ainda não tem nome oficial, vai usar de uma estratégia conhecida no Estado: a emissão de debêntures (títulos privados de dívida) conversíveis em ações da empresa tomadora do recurso. O Bandes vai comprar esses títulos. É o mesmo mecanismo do antigo Funres (Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo), criado em 1970 pelo governo federal para compensar o Estado dos impactos da política de erradicação dos cafezais, estabelecida no final da década anterior.
Depois de aprovado pelo conselho do Fundo Soberano, será feita uma chamada pública e os projetos apresentados vão ser analisados pelo banco. Serão levados em consideração o peso estratégico do empreendimento, impacto no desenvolvimento regional e na geração de emprego e renda. As taxas de juros e o volume de recursos a serem aportados na compra das debêntures de uma determinda empresa ainda estão sendo fechados, mas é certo que, até pelo propósito do fundo (tirar grandes empreendimentos privados do papel), os aportes poderão superar os R$ 100 milhões.
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