A pressão da importação de veículos, principalmente os elétricos, sobre a infraestrutura física das empresas ligadas ao comércio internacional - os terminais portuários incluídos - segue muito forte no Espírito Santo, que é a principal porta de entrada de carros do Brasil. Entre janeiro e maio de 2024, entraram pelos portos capixabas 75 mil automóveis, número pouco abaixo dos 83 mil registrados durante todo o ano de 2023 e já bem acima dos 57 mil de 2022. Os dados foram compilados pelo Sindiex (Sindicato do Comércio Exportação e Importação do Espírito Santo).
Há um mês, a Comexport, uma das gigantes do comércio internacional brasileiro, iniciou a utilização de uma área de 114 mil m² no Tims (Terminal Industrial Multimodal da Serra), que fica às margens da Rodovia do Contorno. A área já está completamente tomada - são 12 mil carros no local.
Diante do cenário, presente e futuro, as empresas estão tendo de se virar para encontrar áreas grandes (e seguras) para estocar os veículos. Não é fácil, afinal, na média, cada carro ocupa 10 m², portanto, para guardar 10 mil são necessários 100 mil m². Uma corrida por espaços está em pleno andamento no Estado, mas a pressão em cima da infraestrutura, ainda que expandida, não dá trégua.
Movimentos semelhantes estão sendo feitos por outros gigantes do setor. A Timbro, no dia 19 de junho, iniciou a operação, em Cariacica, de uma área de 100 mil m² exclusiva para carros. O espaço deve alcançar os 200 mil m² até o final do ano. A GDL (porto seco) vai colocar para funcionar, em Viana, uma unidade de 100 mil m² com possibilidade de chegar aos 200 mil m². Importante dizer que as áreas alfandegadas de Terca e GDL, são quase 1 milhão de m², estão praticamente tomadas por carros importados.
Recentemente, a Receita Federal, por causa da situação, liberou o uso de áreas não alfandegadas para o recebimento de veículos importados.
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