Governo do Espírito Santo e setor produtivo estão se articulando para a formatação de um bloco único de questionamentos à VLI Logística no próximo dia 15 de outubro, terça-feira (15) que vem, quando a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) fará, em Vitória, uma audiência pública sobre a renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que faz a ligação do Brasil Central com os portos do litoral, entre eles os do Espírito Santo, por meio da Ferrovia Vitória-Minas. A VLI Logística é a concessionária responsável pela FCA desde 1996. O contrato vence em 2026 e a empresa busca a renovação por mais 30 anos.
A ideia é estabelecer as prioridades a serem levantadas e organizar os discursos para não deixar o debate se perder. "Estamos, governo e entidades, colocando todas as dúvidas, questionamentos e propostas em um só documento que será entregue para ANTT e VLI no dia da audiência pública. Queremos, principalmente, clarear os investimentos que estão sendo propostos pela VLI na ferrovia pelos próximos 30 anos, estando claro, iremos nos posicionar. Todos sabem que defendemos uma variante na Serra do Tigre, em Minas Gerais, entendemos que isso aumenta a eficiência da estrutura, melhora a capacidade de escoar e, consequentemente, traz mais cargas para os nossos portos. Estamos em um momento muito importante, por isso, precisamos ter bons argumentos, para que o debate seja produtivo", explicou o governador Renato Casagrande, que, ao lado do vice-governador, Ricardo Ferraço, lidera a discussão.
A proposta apresentada pela VLI à ANTT prevê um investimento de R$ 24 bilhões na FCA caso a concessão seja renovada. A promessa é ampliar em 50% o volume transportado atualmente, cerca de 25 milhões de toneladas por ano. Em entrevista à coluna, Fábio Marchiori, CEO da VLI, disse que o aporte no Corredor Leste (que vem para o Espírito Santo) será de R$ 9,7 bilhões. Assim, o movimento pelo Estado cresceria 63%: de 14 milhões de toneladas por ano para 22,8 milhões por ano. Os técnicos do governo do Estado, que estão debruçados sobre a proposta da VLI desde que ela foi apresentada, há mais de 40 dias, ressentem-se da falta de detalhes e vão aproveitar a audiência pública para levantar todas as questões.
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