O faturamento total das cooperativas agropecuárias do Espírito Santo chegou a R$ 4,3 bilhões no ano passado. Um avanço de 26,4% em relação ao registrado em 2021. Ou seja, o que já vinha bem, melhorou de maneira considerável. Estão nesse pacote potências como Nater Coop e Cooabriel. O mais interessante é que os bons números não são resultado de algo extraordinário, como uma safra muito boa ou problemas enfrentados por um concorrente, mas de uma visível profissionalização. A eficiência avançou junto com a qualidade dos produtos e a diversificação.
As exportações feitas pelas cooperativas são um bom indicador, entre 2021 e 2022 elas praticamente dobraram: saíram de pouco mais de R$ 100 milhões para mais de R$ 200 milhões. Só o café respondeu por R$ 194,7 milhões. O conilon, por exemplo, muito forte no Norte e Noroeste do Estado, vem ganhando espaço por conta do aumento da qualidade. O estrangeiro percebeu isso e está aumentando a proporção do conilon na mistura com o arábica, empurrando as exportações. Todos esses números estão no Anuário do Cooperativismo Capixaba, organizado pelo Sistema OCB/ES.
Mas há muito que as cooperativas do agro deixaram de se restringir à produção de café. O produto segue muito importante, mas a cadeia produtiva está muito mais ampla e complexa. O faturamento das lojas de produtos para o segmento superou, em 2022, meio bilhão de reais. A fabricação de ração gerou R$ 150 milhões.
"O cooperativismo mudou de patamar nas últimas décadas, no Brasil e também aqui no Espírito Santo. Os números mostram que estamos no caminho certo, adotando as melhores práticas do mercado e ampliando os nossos negócios, claro, sem deixar de lado os princípios que nos trouxeram até aqui", comemora Carlos André Santos de Oliveira, diretor-executivo do Sistema OCB/ES.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.