A capixaba Valor Investimentos está de casa nova. O prédio construído para abrigar mais de 150 pessoas, na Praia do Canto, está pronto e vai começar a funcionar na segunda-feira (04). A ideia é dar mais sinergia e eficiência à operação responsável por administrar mais de R$ 12 bilhões. No ano passado, o montante administrado subiu 30%.
"Estamos felizes porque o crescimento foi praticamente todo orgânico. Isso em um cenário de juros altos, que, para uma empresa como a nossa é muito desafiador, afinal, é confortável para os investidores deixarem o dinheiro nas aplicações tradicionais, que renderam, na média, mais de 12% no ano passado", explica Paulo Henrique Corrêa, sócio fundador da Valor.
Para 2024, em um cenário de juros mais baixos, a expectativa é chegar, pelo menos, aos R$ 15 bilhões sob custódia, expansão de 25%. Isso se nenhuma casa concorrente for comprada. "Estamos confiantes no crescimento orgânico e estamos de olho nas oportunidades abertas pelo mercado. Em um cenário de juros mais baixos, o investidor busca maiores retornos e topa mais risco. Isso é bom para nós".
Diante deste cenário, Corrêa afirma que cada vez mais a Valor vai buscar parceiros para entrar de fato na economia real. "Nós começamos e crescemos muito distribuindo os produtos da XP, mas o mercado quer mais. Já temos e vamos buscar mais parcerias para investimentos diretos em mercado imobiliário, galpões, entrar na sociedade de empresas e formatar operações de crédito para empresas locais. Tudo isso tem muito a ver com o que faz um banco de investimentos. É um caminho interessante".
Sobre o cenário econômico de 2024, ele se mostra otimista, apesar dos desafios. "Os juros estão em queda no Brasil e podem começar a cair nos Estados Unidos, isso muda, positivamente, a dinâmica da economia. Isso é muito bom. O Brasil só precisa estar atento às questões fiscais, uma derrapada nessa área pode colocar em risco um horizonte que é bastante promissor".
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