A VLI Logística é uma das maiores transportadoras de cargas do Brasil. No ano passado, foram 102 milhões de toneladas, sendo que 25,5 milhões de toneladas passaram pelos portos e ferrovias do Espírito Santo. Muito forte no transporte de combustíveis, fertilizantes e grãos, a intenção da empresa controlada por Vale, Mtsui, Brookfield, Brasil Porto, FI-FGTS e BNDES Participações é ampliar sua presença no Espírito Santo. Com boas relações com Vale - dona da Ferrovia Vitória-Minas e do Porto de Tubarão - e Portocel, a empresa enxerga a concessão da Codesa à iniciativa privada um caminho para operar mais cargas por aqui.
A VLI é responsável pela concessão da Ferrovia Centro-Atlântica - liga a região central do Brasil ao mar e ao Nordeste - até 2026. A companhia tenta a renovação antecipada da concessão junto ao governo federal para ampliar seus investimentos e intensificar as negociações por mais carga. A intenção é, nos próximos meses, garantir a concessão da FCA até 2056. Batido o martelo, R$ 3,3 bi serão aportados na modernização da ferrovia e em mais infraestrutura.
Os números do setor não são nada pequenos. Em setembro, a VLI começou a trazer celulose solúvel produzida pela LD Celulose, no Triângulo Mineiro, para ser exportada por Portocel, em Aracruz. A ideia é movimentar 500 mil toneladas por ano. Os investimentos feitos para colocar de pé somente esta operação chamam a atenção. Portocel aplicou R$ 38 milhões na ampliação do ramal ferroviário e na adaptação de sua retroárea para receber a nova carga. A VLI, por sua vez, investiu R$ 400 milhões em vagões e locomotivas apenas para transportar a celulose da LD. O contrato é de 30 anos.
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