A capixaba UMI SAN Hidrografia e Engenharia, empresa sediada em Vila Velha, desenvolveu um método mais eficiente e ambientalmente correto de derrocagem (retirada de obstáculos rochosos do fundo do mar): o corte subaquático de rocha usando fio diamantado. No final do mês passado, no Porto Sudeste, em Itaguaí (RJ), foi concluída a primeira operação deste modelo. Feito o serviço, o canal passou de 19,5 metros para 20 m de profundidade.
A inovação tocada pela empresa capixaba é uma alternativa ao método atual, que usa explosivos e cápsulas expansivas. A técnica é pioneira no mundo e foi patenteada pela UMI SAN. O trabalho feito no Porto Sudeste foi acompanhado de perto pela Marinha, Companhia Docas do Rio de Janeiro, Instituto Estadual do Ambiente do Rio e pela Praticagem. Todos os parâmetros ambientais e de segurança foram plenamente respeitados.
Por conta do projeto, o Porto Sudeste recebeu, na semana que passou, um prêmio internacional na categoria "Segurança e Eficiência" entregue pela International Harbour Masters Association, associação que reúne executivos de terminais portuários de todo o planeta.
Importante lembrarmos que justamente o trabalho de derrocagem foi apontado pelas autoridades da época como responsável pela demora de mais de 20 anos do aprofundamento do canal da Baía de Vitória de 10,6 m para 12,5 m, entregue no final da década passada. Explosivos foram largamente utilizados durante o período. Não foram poucas as vezes em que prédios do Centro de Vitória precisaram ser esvaziados. A empresa de Vila Velha parece ter encontrado a solução.
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