Criado em 2013 para fomentar a indústria capixaba do petróleo, o Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia sempre atuou de maneira muito forte para aproximar as grandes empresas produtoras, destacadamente a Petrobras, dos fornecedores locais. Com a entrada das produtoras independentes no Espírito Santo, fenômeno dos últimos anos, a entidade e seus membros se viram obrigadas a mudar. As independentes, de menor porte e atuando principalmente em terra, são muito mais próximas da realidade local e têm várias demandas que só serão resolvidas com atuação em grupo. O estatuto da entidade foi completamente reformulado.
"O Fórum tinha um olhar focado nos fornecedores locais, de como fazê-los chegar nas gigantes do óleo e do gás. Agora, com a Petrobras saindo da produção em terra, muitas independentes, de menor porte, chegaram ao Estado. O Fórum, que tem o objetivo de articular e apoiar as ações das organizações para gerar negócios aqui no Espírito Santo, passou a ter de olhar com mais atenção também para as operadoras. A nova realidade da indústria capixaba de óleo e gás nos obrigou a mudar de lente", assinalou Rúbya Salomão, secretária executiva do Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia.
Findes, governo do Estado e as companhias que atuam no Estado têm assento. Os temas principais que estão sendo trabalhados são: inovação, desenvolvimento de fornecedores, capacitação de mão de obra, meio ambiente, transição energética, gás, tributário, eventos e oportunidades. "É um olhar estratégico e mais amplo, para todo o setor. As mudanças são muitas e muito grandes, a intenção é ter velocidade na tomada de decisões aqui dentro do Estado, isso vai nos ajudar na hora de gerar mais resultados para as empresas. Temos várias empresas que, por exemplo, querem produzir energia a partir dos ventos em alto-mar. Isso ainda está em discussão lá em Brasília, precisamos dar a nossa constribuição", destacou a executiva.
Não se trata de uma área qualquer. O setor de óleo, gás e energia responde por cerca de 5% do PIB capixaba, 20% da indústria local e emprega 12 mil pessoas. Até 2027, o Observatório da Indústria já mapeou quase R$ 9 bilhões em investimentos.
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