O Bandes (Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo) quer colocar de pé, até o final do ano que vem, uma engrenagem sólida para o financiamento de projetos com forte pegada ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) captando recursos fora do país. A ideia é criar um fundo, com crédito mais barato e perene para esse tipo de empreendimento.
"É mais um passo nesse reposicionamento do Bandes. Queremos ser um banco de fomento com forte presença na transição verde. Há um importante trabalho interno e externo que precisa ser feito, é trabalhoso, mas é possível e necessário fazer. Os investimentos da transição verde são altos e complexos, mas o fato é que existe crédito a juros bastante interessantes disponíveis no mundo. Temos que trazer isso para cá. Estamos em um país e em um Estado com grande potencial para a economia verde, ou seja, é uma grande oportunidade de negócio", explicou o presidente do Bandes, Marcelo Saintive.
Esse 'dinheiro verde' está fundamentalmente nos Estados Unidos e Europa. As fontes são várias: créditos subsidiados por governos, linhas específicas de bancos e até filantropia. "Temos de criar duas condições: acessar esses recursos lá fora e selecionarmos os projetos aqui dentro. Veja que hoje temos uma taxa básica de juros de 13,75% ao ano no Brasil, estamos falando de taxas subsidiadas em países onde o juro anual não chega a 5%. O potencial de crescimento é enorme e vamos buscar isso".
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