Sob forte pressão desde o início da manhã desta quarta-feira (31), quando o jornal Valor Econômico publicou a informação de um rombo de R$ 165 milhões causado por investimentos feitos em fundos da Infinity Asset, a diretoria da Unimed Vitória encaminhou, no início da noite desta quarta, um comunicado - assinado pelo presidente, Fabiano Pereira, e pela diretora financeira, Norma Louzada - aos cerca de três mil médicos que fazem parte da cooperativa. Já nas primeiras linhas uma informação relevante.
"Em dezembro de 2021, o Comitê de Investimentos da cooperativa foi alertado para o fato de que a Infinity havia sido descredenciada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Na ocasião, realizaram resgate de parte do montante investido em dois produtos e optaram por manter os valores aplicados em outros quatro".
Na sequência, a atual diretoria, comandada desde março por Fabiano Pimentel Pereira, chama a antiga cúpula da Unimed Vitória, que tinha Fernando Ronchi na presidência, à responsabilidade. "A atual diretoria não teve qualquer tipo de decisão sobre os investimentos realizados anteriormente à sua posse, ocorrida em março deste ano. Mas sua primeira providência, considerando os desafios iminentes, foi a implementação de ações de austeridade já nos primeiros dias".
O clima entre os cooperados da Unimed Vitória não é bom e uma assembleia geral para debater o rombo e os rumos da cooperativa, uma das maiores e mais relevantes do Espírito Santo, deve ser convocada para breve.
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