O primeiro semestre foi difícil para os exportadores de café do Espírito Santo. Com a demanda externa pelo conilon brasileiro lá no alto (70% da produção nacional sai do Estado) e as vendas batendo seguidos recordes históricos, a cadeia de escoamento da produção deu um verdadeiro nó. Em julho, Centro do Comércio de Café de Vitória e Centrorochas (entidade que reúne os exportadores de rochas do país) chegaram a publicar uma carta aberta pedindo uma solução para o que chamaram de apagão logístico. Imediatamente as forças começaram a se mexer.
Pouco mais de três meses depois, a coisa avançou e, o mais interessante, é que, em alguns casos, por vias que nem estavam no radar do setor. No Porto de Vitória, alvo das pesadas reclamações de julho, além de as importações de carros terem encolhido, os três portêineres do Terminal Portuário de Vila Velha, operado pela Log-In, voltaram a funcionar juntos no final de setembro, o que não acontecia desde o começo do ano. Com isso, a capacidade da única operação contêineres foi ampliada em 20% em relação ao primeiro semestre. Esta foi a saída tradicional. Diante do grave aperto, novas opções de transporte passaram a ser observadas e adotadas. Nesta segunda-feira a Multilift Logística, que opera no Porto de Vitória, realizou um embarque no modelo break bulk (em grandes bags, fora de contêineres), nesta segunda-feira (21). Até agora, tudo era feito por contêiner, equipamento em falta no mundo todo.
Além da modelagem diferente, o café capixaba passou a ser escoado por outros portos. Portocel, em Aracruz, fez o primeiro embarque de café de sua história em setembro passado. O Porto de Açu, no Norte do Rio de Janeiro, também foi utilizado para embarque de conilon e arábica. Em todos os casos o embarque foi por break bulk.
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