O empresariado do Espírito Santo foi surpreendido pela votação do candidato Carlos Manato (PL) no primeiro turno das eleições, o que acabou impondo a realização de uma segunda rodada para governador do Estado após 28 anos - a última vez havia sido em 1994, Vitor Buaiz x Cabo Camata. Pela primeira vez, desde 2002, quando Paulo Hartung chegou ao poder, o revezamento PH/Renato Casagrande no Palácio Anchieta se vê ameaçado.
Isso tem causado uma certa apreensão em boa parte do PIB porque foi justamente neste período de 20 anos que o Espírito Santo superou a conjunção de três crises - política, ética e econômica - e passou a ser referência em várias áreas para o país - contas públicas ajustadas e relações republicanas entre governo e empresários são algumas delas.
Os problemas e desafios ainda são muitos, vários empresários têm críticas ao governo Casagrande, mas são unânimes na certeza de que foram muitos os avanços nos últimos 20 anos e que nada se compara ao vivenciado na década de 90 e início dos anos 2000. É um ativo capixaba que precisa ser preservado.
Por conta deste contexto, a possibilidade da chegada de algo diferente causa impacto. Os bastidores estão agitados. “Organizar é complicado, desorganizar é rápido. Precisamos cobrar propostas para os problemas reais e saber de onde virão os recursos para cumprir uma série de promessas que estão sendo feitas. O Estado chegou a esse estágio de solidez fiscal com muito sacrifício, não podemos abrir mão disso. Vamos cobrar este compromisso fiscal e a manutenção das relações republicanas” argumenta um importante empresário do Estado.
Sabatinas com Manato e Casagrande serão agendadas para breve. Compromissos éticos, fiscais e políticos serão cobrados.
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