Numa posição geográfica privilegiada e com incentivos fiscais poderosos, o Espírito Santo virou um porto seguro para atacadistas e distribuidores. O setor vem se desenvolvendo forte no Estado e é referência no país. O faturamento das empresas instaladas por aqui, não quase 2 mil, supera os R$ 100 bilhões por ano. Só em novos armazéns, até o final de 2022, serão investidos mais de R$ 1 bi. A situação seria melhor se a infraestrutura, principalmente ferroviária, rodoviária e portuária, do Estado estivesse em melhores condições.
Sob o ponto de vista ferroviário, uma alternativa vista com bons olhos é uma aproximação com a Vale, concessionária da Ferrovia Vitória-Minas. Quem entende de logística afirma que a ferrovia, por conta principalmente do desastre de Brumadinho (que reduziu a produção das minas de minério de Minas Gerais), está ociosa e que, portanto, poderia receber novas cargas, beneficiando estrategicamente o Espírito Santo.
Os empresários querem uma aproximação maior com a mineradora. Sabem que a conversa não é simples, por isso, contam com a participação de representantes dos governos federal e estadual, além da bancada capixaba em Brasília. Acreditam que, se o poder público "comprar a briga", tem instrumentos relevantes de convencimento.
O Sincades (Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado do Espírito Santo) acompanha de perto o movimento do empresariado. A Federação das Indústrias do Espírito Santo, por sua vez, já tem um histórico de pedir por melhorias no Corredor Centro-Leste, inclusive com a produção de vários documentos mostrando a perda de competitividade do Estado e, consequentemente, do país.
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