As empresas de mármore e granito, capitaneadas pelo Centrorochas (Centro Brasileiro de Exportadores de Rochas Ornamentais), vão contratar um estudo que irá medir o impacto ambiental da atividade de toda a cadeia - da extração do bloco até a sua aplicação final. Trata-se de um investimento que beira R$ 1 milhão e que levará dois anos para ser entregue. A ideia é definir tudo até o final do ano e iniciar os trabalhos no início de 2024.
“É um estudo minucioso, com amplo escopo e que levará em consideração os padrões usados e reconhecidos internacionalmente. O objetivo é corrigir eventuais falhas e mostrar que o nosso setor é muito menos poluidor do que, por exemplo, a produção de revestimentos artificiais. Cada vez mais os nossos clientes, principalmente os lá de fora, exigem esse compromisso ambiental. Nós temos, vamos melhorar ainda mais e vamos mostrar para todo mundo depois que esse estudo estiver pronto”, assinalou Tales Machado, presidente do Centrorochas, na abertura da Cachoeiro Stone Fair, nesta terça-feira (22).
O empresário se baseia em um estudo feito na Alemanha, que rastreou diversas cadeias de produção. “Esse estudo, que levou em consideração a realidade de lá, mostrou que a produção do revestimento artificial emite, na média, 27% mais carbono. A produção de uma peça grande de cerâmica emite 74% a mais de gases tóxicos. A elaboração de um carpete é vinte vezes mais poluente. Vamos fazer o nosso, dentro do nosso contexto, é mostrar esses números”, explicou o dirigente.
O levantamento será feito levando em consideração a cadeia de todo o país. Para o Espírito Santo, responsável por 80% das exportações brasileiras, ele é para lá de fundamental, afinal, os clientes cada vez mais exigem esse tipo de dado e certificação. Além disso, será um argumento a mais para combater a concorrência dos produtos artificiais.
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