Companhias que operam dentro do mercado de gás natural aqui do Espírito Santo montaram um grupo de trabalho e, em 120 dias, vão apresentar um planejamento visando a expansão da oferta e, consequentemente, do consumo no médio e longo prazos aqui no Estado. O trabalho, batizado de Mais Gás, tem o aval da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e será entregue ao governo estadual assim que estiver pronto. Farão parte produtores de gás (onshore e offshore), transportadores, comercializadores, distribuidores, entidades empresarias e de governo: EnP, Imetame Energia, Seacrest, 3R Petroleum, Equinor, BW Energy, Petrobras, Marca Ambiental, Grupo Lara/CTRVV, TAG, Galp, Vports, Findes, ES Gás, Abegás, Cogen, Sindirepa, Arsp e Seama.
"No evento em que assumimos a ES Gás (em 7 de julho), no Palácio Anchieta, enquanto eu discursava e apresentava os planos para o mercado de gás do Espírito Santo, o governador Renato Casagrande disse para fazermos aquilo logo. Resolvi reunir todo o setor para apresentarmos um projeto de longo prazo, com as oportunidades, os desafios e como fazer para chegar lá. Conversei com o Ricardo Ferraço (vice-governador e secretário de Desenvolvimento) e ele nos incentivou. O governo é parceiro na empreitada e receberá, em 120 dias, o trabalho, um conjunto de propostas partindo do setor, pronto. Uma consultoria já foi contratada para nos auxiliar", disse Ricardo Botelho, CEO da Energisa, companhia que, em março passado, comprou a distribuidora ES Gás.
Além das boas ideias que certamente surgirão dentro do grupo de trabalho, que podem virar bons negócios, o governo estadual terá em mãos um documento robusto o suficiente para avaliar a adoção de políticas públicas e incentivos ao setor, bem como levar propostas ao governo federal. O Espírito Santo, por ser produtor de óleo e gás, por ter gasodutos nacionalmente importantes e por ter duas estações de tratamento de gás ociosas, é um ator importante dentro do setor.
"A ideia é que saiamos deste debate com muito conteúdo, com um conjunto de ideias e propostas que mostrem a ambição da cadeia de gás dentro do Estado. Vamos ter uma ZPE (Zona de Processamento de Exportação) em Aracruz, isso tem de estar na conta. O Espírito Santo pode virar um hub de gás? Podemos ter um pólo gás-químico aqui dentro? Temos que ouvir as propostas e estudar as alternativas", explicou Ricardo Botelho.
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