Bastidores e informações exclusivas e relevantes sobre os negócios e a economia do Espírito Santo

Equilíbrio fiscal: consultoria aponta o Espírito Santo com o melhor resultado de 2024

Indicador elaborado pelo Compara Brasil leva em consideração despesas correntes, receitas correntes e pagamento de dívidas

Publicado em 20/02/2025 às 03h50
Dinheiro - dolar - real
Crédito: Carlos Alberto

O Espírito Santo alcançou, pelo terceiro ano consecutivo, o primeiro lugar entre todos os estados do Brasil no indicador de equilíbrio fiscal elaborado pelo Compara Brasil, portal desenvolvido pela Aequus Consultoria Econômica que organiza e gerencia os dados sobre as finanças públicas estaduais e municipais. O indicador é calculado da seguinte forma: a soma das despesas correntes com amortização da dívida é dividida pela receita corrente. Quanto mais próxima ou superior a 100% for essa relação, pior a condição fiscal do ente público. Na média, os estados tiveram, em 2024, 92,7%. O Espírito Santo bateu em 78,7%.

“Esse indicador é fundamental para avaliar a saúde financeira dos estados. Um bom nível de equilíbrio fiscal permite a geração de recursos excedentes para investimentos em infraestrutura e equipamentos urbanos, ampliando a capacidade de investimento. Por outro lado, estados com margens apertadas entre receitas e despesas ou déficits recorrentes enfrentam restrições fiscais que podem comprometer a qualidade dos serviços prestados à população e até resultar em atrasos no pagamento de fornecedores e servidores. Além disso, um equilíbrio fiscal frágil aumenta a vulnerabilidade do estado em períodos de queda nas receitas”, detalha o economista Alberto Borges, responsável pelo Compara Brasil e sócio da Aequus.

Ele explica que a entrada da dívida na conta é fundamental para se ter um fotografia correta da situação financeira das unidades federadas. “É um recurso que drena receita, portanto, deve estar na relação. O Espírito Santo, nas últimas décadas, enxugou muito a sua dívida, controlou os gastos correntes e, em contrapartida, a arrecadação vem avançando”.

Em 2022, o Espírito Santo ficou com 74,9%, em 2023, foi a 81,7%, no ano passado, voltou a recuar. Importante sempre destacar que trata-se de uma fotografia do ano de 2024, não leva em consideração o histórico fiscal dos estados analisados.

Os melhores:

  1. Espírito Santo: 78,7%
  2. Maranhão: 81,7%
  3. Goiás: 85,8%
  4. Paraíba: 86%
  5. Mato Grosso: 86,3%

Os piores:

  1. Distrito Federal: 99,5%
  2. Rio Grande do Norte: 97,8%
  3. Amazonas: 97,4%
  4. São Paulo: 97,2%
  5. Tocantins: 96,1%

A Gazeta integra o

Saiba mais
Economia Espírito Santo Contas Públicas ES Sul ES Norte Região Serrana

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.