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ES Gás e petroleiras independentes querem captar gases poluentes no Norte

A ideia é apanhar os gases de efeito estufa liberados por grandes plantas industriais do Estado e colocá-los em reservatórios de petróleo e gás natural, em terra, já utilizados

Publicado em 17/08/2024 às 03h50
Polo Cricaré, da Seacrest Petróleo, no Norte do ES
Polo Cricaré, da Seacrest Petróleo, no Norte do Espírito Santo. Crédito: Seacrest/Divulgação

A ES Gás, concessionária responsável pela distribuição de gás natural pelo Espírito Santo, juntou-se a petroleiras independentes com negócios no Norte do Estado - EnP Energy, Seacrest, Grupo Ubuntu e Imetame Energia - para fazer decolar um grande projeto de captura de carbono, batizado de C3US - uma brincadeira com o nome da tecnologia a ser utilizada, CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage, ou seja, captura, uso e armazenamento de carbono). O terceiro "c" é de capixaba.

A ideia é apanhar os gases de efeito estufa liberados por grandes plantas industriais do Estado e colocá-los em reservatórios de petróleo e gás natural já utilizados. A ES Gás entra com a sua expertise na operação de gás e com a sua infraestrutura de gasodutos. A implantação da tecnologia no Espírito Santo está dentro do Programa ES Mais+Gás, lançado no dia 6 de agosto, e é tida como fundamental na estratégia de reduzir a emissão de CO2 (dióxido de carbono), no Estado, em 5,6 milhões de toneladas até 2034.

"A descarbonização não tem bala de prata. Acredito que um conjunto de ações nos levará a cumprir as metas estabelecidas, entre elas está a captura de carbono. Trata-se de uma tecnologia nova, que está sendo implantada em algumas partes do mundo e que depende de muitos investimentos e tecnologia. Nós e os produtores de óleo acreditamos no projeto, que, importante dizer, não é para agora, é para o médio prazo", explicou Fabio Bertollo, CEO da ES Gás.

A Energisa, dona da ES Gás, vai entrar diretamente no C3US. O grupo, que atua em várias áreas dentro do setor de energia, entende que trata-se de uma tecnologia de futuro e que será relevante na transição energética. A ideia é colocá-lo dentro do pacote de iniciativas de inovação tocadas pelo conglomerado, que, por ano, investe R$ 260 milhões em tecnologia, P&D e inovação.

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