O governo do Espírito Santo bateu o martelo: vai fazer um centro de convenções, do zero, no lugar onde hoje funciona o Pavilhão de Carapina, na Serra. A decisão foi tomada após o fracasso do leilão do espaço, em agosto. A ideia é fazer um investimento que deve ficar entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões e construir uma estrutura de 30 mil m², modular e totalmente climatizada. O aporte também contemplará os acessos, um dos grandes problemas do Pavilhão de Carapina.
O projeto será contratado em parceria com a Federação do Comércio do Espírito Santo e deve ser entregue no segundo semestre de 2024. A intenção do governo é inaugurar o novo centro de convenções até o final de 2026. "O Espírito Santo precisa disso, tem um enorme potencial para turismo de negócio, mas precisa de um espaço adequado. É o que iremos fazer. Estamos ouvindo muita gente do setor de eventos, estudando muito qual é o modelo adequado e o projeto vai contemplar isso", explicou Ricardo Ferraço, vice-governador do Estado e secretário de Desenvolvimento.
"Vamos fazer um centro de convenções do zero. Um retrofit do atual Pavilhão de Carapina sairia muito caro e não ficaria do jeito que desejamos. Queremos algo de ponta. Hoje, um evento de grande porte aqui no Estado precisa ser todo adaptado, da decoração à climatização, isso encarece demais, tira a nossa competitividade e não dá o conforto necessário. Outro ponto importante, o espaço será modular, ou seja, poderemos ter eventos menores e simultâneos", explicou Ferraço.
Idalberto Moro, presidente da Federação do Comércio, ressalta a importância de o Estado buscar novos modelos para fomentar a economia. "A decisão é muito acertada e importante. O Estado tem tudo para ser um relevante polo de turismo de negócios no Brasil, mas precisa investir em infraestrutura, precisamos de um centro de convenções. Pensando estrategicamente, temos sempre de lembrar que, em 2032, os incentivos fiscais, muito importantes na atração de investimentos para o Espírito Santo, vão acabar. O Turismo tem tudo para ser uma alternativa importante no fomento da nossa economia".
Depois de pronto, o novo centro de convenções será concedido à iniciativa privada. O governo não quer fazer a operação do local.
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