Executivos da gigante chinesa Shein chegam, nesta quinta-feira (17), ao Espírito Santo para uma agenda de viagens e reuniões que se estenderá até a tarde de sexta-feira (17). Eles virão com dois objetivos principais: conhecer a indústria da confecção de Marilândia, Colatina e São Gabriel da Palha e pegar mais informações sobre as vantagens locais que sustentam a cadeia de logística e distribuição do Estado.
A quinta-feira será reservada para conhecer as fábricas. A Shein pretende montar parcerias com 2 mil fabricantes brasileiros para que suas peças sejam produzidas aqui e não precisem ser importadas, como acontece hoje. Os chineses ficaram bem impressionados com as unidades capixabas que manipulam peças de jeans. As confecções do Noroeste do Estado são especializadas no corte e na lavagem do produto. Os executivos da Shein vão lá olhar justamente este processo.
Na sexta, em Vitória, eles serão recebidos pelo vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço. "A Shein virou uma grande varejista aqui no Brasil, mas praticamente toda a sua produção vem de fora. Eles tomaram a decisão de fabricar no Brasil e, claro, precisam fazer a distribuição de seus produtos. O Espírito Santo tem excelentes fábricas de roupas e é um dos melhores locais para se montar um centro de distribuição do ponto de vista geográfico e também de estrutura tributária. Vamos detalhar tudo isso para eles", assinalou Ferraço.
O vice-governador teve uma agenda recente com o CEO da Shein para a América Latina, Marcelo Claure, que já havia se encontrado com o governador Renato Casagrande, em maio, nos Estados Unidos. "Em linhas gerais eles já sabem das potencialidades do Estado, esse grupo de executivos que virá agora é para olhar o detalhe das operações e daquilo que temos para oferecer". Também será dito a eles que o Senai está pronto para qualificar, de imediato, mil trabalhadores para as funções que serão abertas nas fábricas caso a gigante chinesa de fato se estabeleça por aqui
A Shein, para quem ainda não conhece, é uma plataforma de comércio eletrônico e de produção de artigos de moda e vestuário de custo médio que faturou cerca de R$ 8 bilhões, em 2022 (300% a mais que em 2021), no Brasil. O investimento previsto para o país nos próximos anos é de R$ 750 milhões. A intenção é fazer do Brasil uma plataforma de produção e distribuição da Shein para toda a América Latina.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.