As exportações brasileiras de café conilon estão batendo recordes em cima de recordes. No mês de julho, saíram 900.818 sacas de canéforas (conilon e robusta), 82,2% acima do registrado em julho do ano passado. Trata-se do segundo melhor mês da história, pouco atrás das 902.266 sacas de novembro de 2023. Entre janeiro e julho, foram exportadas 5,178 milhões de sacas de conilon e robusta, expansão de 313,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Importante destacar que o conilon responde por grande parte do volume e que 70% do que é produzido no Brasil sai de propriedades do Espírito Santo. Trata-se do principal negócio do agro capixaba. Os dados são todos do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Márcio Candido Ferreira, presidente da entidade, sublinha que os bons resultados são alcançados apesar dos desafios logísticos. "Os atrasos e alterações de escala nos navios para embarques de café permanecem intensos. De acordo com o Boletim Detention Zero, 675 navios destinados à exportação do produto sofreram adiamentos no segundo trimestre de 2024, ou 56% dos 1.211 porta-contêineres movimentados no acumulado de abril ao final de junho”.
O conilon brasileiro segue ganhando um mercado mundo afora que foi deixado por produtores de Vietnã (o maior do mundo) e Indonésia. Os dois países estão ofertando menos café por causa de questões climáticas. A safra brasileira de 2023 foi muito boa, mas a de 2024, aqui no Espírito Santo, também por questões climáticas, deve sofrer uma quebra de 30%. A expectativa, diante do cenário, é de que os preços sigam em alta (a saca de 60 kg está em históricos R$ 1.280,00).
No geral (arábica, conilon, robusta e industrializados somados) a exportação brasileira de café totalizou 3,774 milhões de sacas no mês de julho, 25,7% acima de julho de 2023. A receita ficou em US$ 932,5 milhões, 47,9% a mais. No ano, as exportações chegaram a 28,14 milhões, 46,3% de expansão. O faturamento, por sua vez, avançou 50%: de US$ 4,18 bilhões para US$ 6,27 bi.
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