A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento farão, em conjunto, um estudo de viabilidade técnica e econômica para a construção de uma fábrica de fertilizantes em Linhares, Norte do Espírito Santo. Na quinta-feira passada (02), na reunião que tiveram com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o governador Renato Casagrande e o vice Ricardo Ferraço pediram para que volte a ser analisado o investimento. O presidente Lula já deixou claro que quer que a Petrobras amplie os seus aportes, diante do cenário, os capixabas colocaram a proposta na mesa.
"Temos tudo para ter uma unidade de amônia e ureia em Linhares. É um desdobramento do gás natural que o Estado produz na sua costa e tem capacidade para tratar nas unidades de Cacimbas (UTGC) e Anchieta (UTGSul). Ficaria em uma região próxima de terminais portuários e de linhas férreas que ligam o Espírito Santo ao Centro-Oeste, grande consumidor brasileiro de fertilizantes. O Brasil, e esta guerra da Rússia contra a Ucrânia mostrou isso, não pode seguir tão dependente do fertilizante estrangeiro", argumentou Ferraço. "Apresentamos tudo isso ao presidente da Petrobras e ele ficou de analisar o assunto, trazer o investimento previsto há mais de dez anos a valor presente e avaliar as possibilidades".
Ferraço, por sua vez, se comprometeu a apresentar a Prates um estudo de viabilidade técnica e econômica que será tocado por técnicos da Findes e da Secretaria de Desenvolvimento. "Estamos muito bem localizados e trata-se de um insumo vital para uma atividade que é estratégica para o crescimento da economia brasileira. O estudo vai mostrar isso com detalhes".
O Polo Gás-Químico de Linhares, um empreendimento avaliado (há mais de dez anos) em US$ 4 bi, virou notícia no início da década passada (final do segundo mandato de Lula e início do governo Dilma), quando a Petrobras colocou no seu Plano de Negócios a intenção de construir unidades produtoras de fertilizantes em vários lugares do país, entre eles, Linhares. O governo do Estado chegou a investir R$ 10 milhões na desapropriação de uma fazenda, de 415 hectares, na localidade e Palhal, onde ficaria a fábrica, mas nada saiu do papel.
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