O debate sobre a Medida Provisória (MP) aprovada, na última terça-feira (25), pela Câmara dos Deputados retirando 5% dos recursos nacionais de Sesc (Serviço Social do Comércio) e Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e destinando para a Embratur divulgar o Brasil promete esquentar bastante no Senado. Virou uma disputa por algo perto de meio bilhão de reais que hoje pertence às duas instituições que são os pilares de todo o sistema que forma a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Aqui no Espírito Santo, o Sistema Fecomércio estima em uma perda de arrecadação que deve em R$ 15 milhões. Ainda não foram feitas estimativas sobre fechamento de serviços, mas certamente vai ficar mais complicado manter toda a rede de educação e assistência intacta caso o corte de fato saia do papel. Hoje, são 1,6 mil funcionários atuando em 27 unidades das duas instituições espalhadas pelo Estado.
Na visão do comando da entidade, o impacto da tesourada se dará fundamentalmente nos investimentos. Só para 2023, no Espírito Santo, Sesc e Senac têm um volume de orçamento previsto de R$ 73,2 milhões para a expansão de suas atividades.
Para evitar uma resistência ainda maior no Congresso Nacional, a proposta de colocar mais recursos na Embratur, comandada por Marcelo Freixo (PSB), focou apenas nos recursos do sistema do Comércio, deixando Indústria, Transportes, Agricultura, Cooperativismo e Sebrae de fora. Até agora, a tática foi vencedora. A ver o que acontecerá no Senado.
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