O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará, na tarde desta sexta-feira (15), no Espírito Santo para a inauguração do Contorno do Mestre Álvaro, na Serra. Ele não trará na bagagem soluções para três outros nós capixabas que dependem da ação direta do governo federal: BR 101, BR 262 e ferrovia entre Santa Leopoldina e Rio de Janeiro. O discurso, entretanto, será de otimismo, de que muito em breve serão anunciados desfechos positivos para cada uma das novelas. Renan Filho, ministro dos Transportes e integrante da comitiva, deve ser o responsável pela narrativa.
O que está mais perto de sair é a solução para a 101. A proposta de renegociação foi apresentada, em setembro, por Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) e EcoRodovias, que é a concessionária responsável pelo trecho que corta o Estado, e está com a análise bem encaminhada no Tribunal de Contas da União. Havia até uma expectativa de que fosse anunciado, nesta sexta, um final feliz, mas como ainda não saiu nada do TCU, ficou muito difícil. Se tudo der muito certo, o tribunal dará seu veredicto na semana que vem, a última semana de trabalho do ano em Brasília.
Sobre a ferrovia, Renan manterá o discurso de que a Vale fará o trecho entre Santa Leopoldina e Anchieta, até o Porto de Ubu. Informação que ele deu da última vez que esteve aqui, em outubro, para o lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e que foi considerada um grande avanço no Estado, afinal, a Vale, por contrato com o governo federal, não tinha a obrigação de fazer a ferrovia, para que fizesse era preciso um aval de Brasília, que acabou sendo dado pelo ministro (pelo menos assumiu o compromisso de público). Sobre a continuidade até o Rio de Janeiro, alternativas seguem sendo estudadas.
Por fim, BR 262. O projeto executivo foi encomendado pelo Ministério dos Transportes e está em bom andamento. O objetivo é que seja entregue em 2024 e esteja pronto para ser executado quando os recursos do acordo de reparação do rompimento das barragens da Samarco, que financiarão a obra, estiverem à disposição dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O gargalo do momento é a assinatura deste acordo. Todas as previsões de tempo, inclusive as mais pessimistas, foram superadas...
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