
Finalmente começou a andar o processo de licenciamento ambiental para a construção do ramal da Ferrovia Vitória-Minas que a Vale fará entre Santa Leopoldina e Anchieta (até o Porto de Ubu, da Samarco). De acordo com o Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), que será o responsável pelos trabalhos, o órgão "analisou e aprovou o Termo de Referência para o Estudo de Impacto Ambiental/ Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da Ferrovia. Além disso, estão sendo realizadas reuniões de orientação com a empresa e a expectativa é que o pedido de licença seja protocolado em breve".
Após a confirmação do investimento por parte do ministro dos Transportes, Renan Filho, na virada de 2024 para 2025, a Vale vinha sendo pressionada a fazer a coisa caminhar junto aos órgãos ambientais, já que o cronograma apresentado lá em julho de 2023 está completamente atrasado. Originalmente a mineradora previa estar com o licenciamento ambiental e as desapropriações resolvidos até julho de 2025 e entregar a obra em 2030. Claro, isso será revisto. O prazo dado para licenciamento e desapropriações é de 24 meses e a execução do projeto deve levar 60 meses.
O Ramal Anchieta, um investimento de R$ 6 bilhões, terá pouco mais de 80 quilômetros, saindo de Santa Leopoldina (perto do limite com Cariacica) e indo até a Samarco. São mais de 700 desapropriações ao longo do trecho. Trata-se da primeira perna da ferrovia que ligará o Espírito Santo à Região Metropolitana do Rio de Janeiro, passando por portos importantes como Açu (Rio) e Central (em Presidente Kennedy).
A Vale topou fazer o investimento após intensas negociações junto ao governo federal sobre a reforma do acordo de concessão das ferrovias Carajás e Vitória-Minas.
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