Na próxima sexta-feira (24), o ministro dos Transportes, Renan Filho, virá ao Espírito Santo. Oficialmente visitará as obras do Contorno do Mestre Álvaro, na Serra, e da BR 447, em Cariacica. Nos bastidores a agenda será um pouco mais extensa. O governador Renato Casagrande aproveitará a presença do ministro para tentar achar soluções para alguns dos principais nós logísticos do Estado. Vamos a eles:
BR 101: o governo estadual quer velocidade no estudo que está sendo contratado pelo governo federal para analisar a viabilidade de conceder as BRs 101, 262 e 259 à iniciativa privada. No caso da 101 é uma relicitação. Pelo contrato são 30 meses de prazo para a entrega do trabalho. O Estado quer isso em, no máximo, um ano. Casagrande também pedirá um apoio de Renan Filho na tentativa de o Estado assumir, temporariamente, a concessão da rodovia. O governo aceita colocar R$ 1 bilhão nas obras, mas não topa pagar nada para a EcoRodovias, concessionária que, em julho do ano passado, anunciou a devolução da via;
BR 262: além de pedir velocidade nos estudos para a concessão, o governador quer investimentos públicos na pista que liga o Espírito Santo ao Brasil Central. Na avaliação do Estado, a situação da via é muito ruim e não é possível esperar se haverá ou não concessão à iniciativa privada para tomar medidas. Não se trata apenas de conserva, mas de ampliação de trechos mais demandados e mudança de traçado;
Ferrovias: o governo levará ao ministro a insatisfação com a demora dos desdobramentos da EF 118, ferrovia projetada para ligar o Espírito Santo ao Rio. Quase três anos depois de assinar o contrato de renovação da Ferrovia Vitória-Minas (assumindo o compromisso de fazer as obras da EF 118 até Anchieta e de entregar o projeto pronto até a com a divisa com o Rio), a Vale não tem um cronograma de serviços pronto. Cobrada pelo Estado, ficou de apresentar tudo até o final do mês. Casagrande também dirá a Renan Filho que o Estado vê com bons olhos a renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro Atlântica, pleiteada pela VLI, atual concessionária. A VLI se comprometeu a ampliar a malha ferroviária do Noroeste de Minas Gerais para escoar produtos pelos portos capixabas. Além disso, a empresa, afirmou que, caso saia a renovação antecipada, tocará os estudos para o contorno ferroviário da Serra do Tigre, também em Minas, pedido antigo do setor produtivo capixaba.
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