
O Observatório da Findes (Federação das Indústrias do Espírito Santo) faz uma projeção de crescimento de apenas 0,5% para a economia capixaba em 2025. Seria o pior resultado desde o encolhimento de 1,7% registrado, no Estado, em 2022. Importante lembrarmos que o mercado prevê uma expansão em algo perto de 2% para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2025. Quais são os obstáculos que temos pela frente? O que fará o PIB do Espírito Santo desacelerar de um avanço de 2,3% (2024) para 0,5%? A Findes listou as variáveis (mais negativas do que positivas):
NEGATIVAS
Safra menor do café: o PIB da agropecuária capixaba avançou 7,4%, em 2024, empurrado por uma boa safra de café e por preços em alta. Em 2025, os preços seguirão elevados, mas, por causa de um fenômeno chamado de 'bienalidade negativa' (devido à necessidade de recomposição vegetal, o nível de produção cai a cada duas safras), a colheita deve ser menor;
Taxas de juros elevadas: com a pressão inflacionária maior (a previsão é de uma inflação de 5,68%, em 2025, sendo que a meta é de 4,5%), a taxa básica de juros estabelecida pelo Banco Central pode superar os 15% ao ano, encarecendo bastante o custo de financiamento para investimentos e capital de giro;
Efeitos da política dos EUA: aumento das tarifas de importação gera uma possível escalada de medidas globais de protecionismo;
Estabilidade do crescimento global: interferência política no curso da queda mundial da inflação e interrupção da flexibilização da política monetária nas economias avançadas.
POSITIVAS
Aumento da produção de minério de ferro: a Vale deve ter um aumento de produção nas usinas do Espírito Santo e a retomada da segunda pelotizadora da Samarco são os principais vetores de expansão desta importante indústria para o ES;
Petróleo e gás: Maria Quitéria, o novo navio-plataforma da Petrobras fundeado no Espírito Santo, estará na sua plena produção, 100 mil barris por dia, até meados do ano. Existe a possibilidade da Prio iniciar a produção do campo de Wahoo, no extremo Sul do Estado, ainda em 2025. Não seria em plena capacidade, mas seria o início das atividades de um projeto para 40 mil barris de óleo por dia.
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