A capacidade instalada dos laticínios do Espírito Santo é de 1,975 milhão de litros de leite processados por dia. Hoje, a produção da pecuária leiteira capixaba, pelas estimativas da Secretaria de Estado da Agricultura (as contas estão sendo refeitas), está em 1,1 milhão de litros por dia. Chegam de fato aos grandes laticínios algo perto de 800 mil litros, ou seja, há um déficit aproximado de mais de 1 milhão de litros por dia.
A diferença, que só tem feito crescer nos últimos anos (a produção diária do Estado já foi de 1,4 milhão de litros), tira competitividade do Espírito Santo, afinal, fica mais caro para o laticínio ter de trazer a matéria-prima de outros Estados. O custo de transporte pesa muito. O risco que está colocado é de êxodo de investimentos para o Nordeste, onde a produção de leite cresce. Em Sergipe, por exemplo, a produção diária já supera a casa de 1,2 milhão de litros.
Diante deste cenário, até abril a Secretaria de Agricultura quer colocar de pé um plano de apoio à pecuária leiteira do Espírito Santo. A intenção é ampliar a produtividade e, consequentemente, a produção. "Os estudos ainda estão em andamento, mas queremos ampliar crédito, melhorar o manejo e usar mais a tecnologia. Dá para fazer e não é demorado", afirma o secretário de Agricultura, Enio Bergoli. A meta dele é levar a produção estadual de leite a 2 milhões de litros por dia até, no máximo, 2027.
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